A Implantação da República

A implantação da república foi iniciada no dia 5 de Outubro de 1910, devido a incapacidade do rei D. Manuel.

O seu reino até aos seus dias, tinha estado sob o domínio monarca.

A melhor das opiniões não era, de certeza, a do povo; que achava que a monarquia não devia reinar com um rei para toda a vida.

No regime da monarquia o filho mais velho sucedia ao trono e quando esse morria sucedia-lhe o filho mais velho.

Com a implantação da republica o governo já não tinha rei, mas sim um presidente, (que tinha sido eleito a votos).


Agora todos queriam um governo republicano (como tinha acontecido nos outros países da Europa).

O primeiro presidente de Portugal foi Teófilo Braga, mas foi apenas presidente do “governo provisório” até às eleições onde D. Manuel de Arriaga tinha sido Presidente de Portugal.

Esse dia (5 de Outubro) foi considerado feriado nacional.

Medidas Para Melhorar A Educação

Em 1911, 70% da população portuguesa era analfabeta. Portugal precisava de trabalhadores mais instruídos e capazes de acompanhar a evolução das técnicas. Os governos republicanos vão tomar medidas para melhorar a instrução dos portugueses:



- criaram o ensino infantil para crianças dos 4 aos 7 anos;
- tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito para as crianças entre os 7 e os 10 anos;
- criaram novas escolas do ensino primário e técnico (escolas agrícolas, comerciais e industriais);
- fundaram "escolas normais" destinadas a formar professores primários;
- criaram Institutos Superiores de ensino técnico;
- criaram as Universidades de Lisboa e Porto e reformaram a de Coimbra;

Medidas Para Proteger Os Trabalhadores

Os trabalhadores, nomeadamente os operários, tinham condições de vida muito difíceis: salários baixos, horário de trabalho com muitas horas diárias, más condições de higiene e segurança no trabalho. As crianças mais pobres fartavam-se de trabalhar para ajudarem a família. Os republicanos defendiam o direito ao trabalho e à justiça social.


Por isso vão tomar medidas para defender os trabalhadores:

- em 1910 foi decretado o direito à greve;
- em 1911 estabeleceu-se a obrigatoriedade de um dia de descanso semanal;
- em 1911 foi publicado o primeiro regulamento das 8 horas de trabalho diário;
- em 1913 foi publicada uma lei sobre acidentes de trabalho, responsabilizando os patrões;
- em 1919 foi estabelecido em todo o país o horário de 8 horas diárias;
- em 1919, passou-se a exigir o seguro social obrigatório para situações de doença, invalidez, velhice e sobrevivência.

Em 1914, os sindicatos uniram-se e surgiu a União Operária Nacional, mais tarde (1919) Confederação Geral do Trabalho.
A mobilização dos trabalhadores para as greves era grande; algumas estendiam-se a todo o país - greves gerais.

O Fim da 1ª República

A 1ª República (que vigorou entre 1910 e 1926) caracterizou-se por uma grande instabilidade:

- os governos republicanos não obtinham maiorias absolutas e, por isso, caíam com muita facilidade e frequência, por vezes por motivos mínimos;

- a duração média dos governos foi de três a seis meses (chegou a haver um governo que apenas durou dez dias!)

- as greves eram constantes.

A 1ª Guerra Mundial

Esta instabilidade social e política foi agravada em 1914, com a 1ª Guerra Mundial. Tratou-se de um conflito que opôs a Grã-Bretanha à Alemanha e que envolveu vários países europeus, entre 1914 e 1918.


Portugal, para garantir os seus territórios em África, apoiou a Grã-Bretanha que venceu a Alemanha.

O país conseguiu manter as colónias africanas mas a situação económica e social agravou-se:

- morreram milhares de soldados portugueses;
- o desemprego aumentou;
- os preços subiram;
- faltavam alimentos;
- o país endividou-se.

A instabilidade política e a grave situação social e económica conduziram a um descontentamento generalizado.

Começou a ganhar força a ideia de que era preciso "pôr o país em ordem".

Moeda nacional (escudo)


No reinado de D. Duarte apareceu o meio-escudo de ouro, do qual nem o desenho se conhece.

No reinado de D. João V cunharam-se também as dobras, múltiplos do escudo. Também nos reinados de D. José I, D. Maria I e D. João VI se cunharam escudos.

O escudo era dividido em 100 partes chamados os centavos. Depois de 1914, por virtude da crise provocada pela Primeira Guerra Mundial, o escudo em papel (nota) experimentou uma descida rápida de valor, atingindo a sua menor correspondência em ouro, em Julho de 1924.

Desde o segundo semestre de 1926 até Abril de 1928, o escudo sofre nova desvalorização, em consequência de dois aumentos de circulação, do agravamento da dívida flutuante interna e externa e do quase esgotamento das reservas de ouro que o Tesouro Nacional possuía em Londres.

O Hino Nacional

Antes do nosso hino “A Portuguesa” existiam vários hinos em Portugal como o “Hino da Carta” e o “Hino Patriótico".

A esta moda de ter uma música que representasse o país só nasceu no século XIX. O hino que conhecemos hoje foi oficializado em 1911, depois da Implantação da República (em 5 de Outubro de 1910).

O hino “A Portuguesa” foi escrito por Alfredo Keil e a letra foi escrita por Henrique Lopes de Mendonça.

A Bandeira Portuguesa


No dia 19 de Junho de 1911,a Bandeira Nacional substituiu a Bandeira da Monarquia Liberal.

A Bandeira Nacional é dividida na vertical com duas cores fundamentais: verde-escuro do lado esquerdo e vermelho à direita.

O vermelho é a cor de força, coragem e alegria, que representa o sangue derramado pelos portugueses.

O verde é a cor da esperança e do mar, foi escolhido em honra de uma batalha onde esta cor deu a vitória aos portugueses. Ao centro, sobre as duas cores, tem o Escudo das Armas Nacionais, e a Esfera Armilar Manuelina, em amarelo e estimulada de negro. Simboliza as viagens dos navegadores portugueses pelo Mundo, nos séculos XV e XVI.

No meio o branco representa a paz; o Escudo lembra a defesa do território; as Quinas, a azul, representam as primeiras batalhas na conquista do País (diz-se que são os cinco reis mouros vencidos na Batalha de Ourique por D. Afonso Henriques); cada quina contém cinco pontos brancos que são as cinco chagas de Cristo que ajudou D. Afonso Henriques a vencer esta batalha; os sete castelos amarelos representam os castelos tornados aos mouros por D. Afonso III.

A esfera armilar representa um símbolo que o Rei D. Manuel I escolheu para representar as descobertas marítimas.